O estado do Rio Grande do Norte é um dos estados da federação que contém o mais antigo marco da presença portuguesa no país. O Marco de Touros sinaliza o início da fase moderna de ocupação da terra potiguar por populações oriundas da Europa, África do Norte e da África Subsahariana.
Antes disso, o território do atual Estado do RN era ocupado por diversas nações indígenas, como os potiguaras no litoral e os tararius no sertão.
A formação do povo potiguar passa pela confluência de diversos elementos étnicos, como galegos, mouros, judeus (cristão-novos) portugueses, tupis, africanos que se espalharam pelos vales dos grandes rios, como Ceará Mirim, Potengi, Açu, Mossoró ou pelas regiões serranas do Sertão.
Dessa confluência nasceu uma cultura rica, marcada pela presença tanto da civilização do couro e do algodão, quanto pela presença de uma religiosidade católica marcada pela miscigenação com elementos judaicos e indígenas.
Nas regiões litorâneas, especialmente ao leste do Estado, a cultura da cana-de-açúcar também contribuiu para a incorporação do elemento africano que se apresenta no interior através da formação de diversas comunidades quilombolas que hoje estão sendo estudadas e identificadas.
A partir desses agrupamentos, três grandes pólos culturais se desenvolveram no Estado. A Região do Litoral Leste do Estado, marcada pelas povoações que se transformaram em cidades ao redor da Grande Natal (Extremoz, Ceará Mirim, São Gonçalo, Macaíba, Nísia Floresta, Goianinha), o Seridó (com os pólos de Caicó e Currais Novos) e o Oeste potiguar (marcado pela influência de Mossoró, mais ao norte, e de Pau dos Ferros, na região do alto oeste).
Muitas manifestações culturais do Rio Grande do Norte surgiram nesse contexto. O Zambê, os Congos, o Pastoril, os Caboclinhos e o Boi de Reis. Bandas de música, poesia popular, artesanato, artes plásticas são algumas das manifestações que refletem o modo de ser do potiguar, sua sensibilidade e seu imaginário.
IFRN
Zambê |
Marco Colonial de Touros |
Boi de Reis |
Pastoril |
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