sexta-feira, 15 de março de 2013

Poemas vencedores do Concurso de Poesia Suetônia Batista

Poemas vencedores do Concurso de Poesia Suetônia Batista, realizado pelo Casarão de Poesia:

NÍVEL FUNDAMENTAL



AI MEU DEUS!

Como é a vida?
A vida é como a televisão
Quando se está velho
Fica sem sinal!
Jéssica Viviane
Ensino Fundamental
Escola Estadual Tristão de Barros

O SERTÃO

Quando chove bem cedinho
Os sertanejos vão pra roça
Eles matam a saudade
E vão andando de carroça.
O açude está secando
Os sertanejos vão logo aproveitando
Pegando suas sementes
E o solo ajeitando.
O meu sertão é bonito
Tem de tudo que é belo
Tem cactos e cabrito
E o homem de chinelo.
Nosso sertão se acabou
Nem milho ninguém vê mais
Canjica que era bom
Ficou tudo para trás.
Quem duvidar é um louco
Isso até merece aposta
O agricultor é do sertão
Pois é tudo que ele gosta.
Carlos Eduardo
Ensino Fundamental
Escola Municipal Cipriano Lopes Galvão

O SERTÃO

Na caatinga se encontra
Animais a caçar
No sertão se encontra
Seca a predominar.
No sertão tem preá
Tem gente a festejar
Não tem mais a água
Que um dia estava lá.
No sertão o chão racha
A folha cai ao chão
Se vê de tudo um pouco
Da nossa degradação.
No sertão não se planta
O que não pode colher
Porque nós sabemos
Que não se pode obter.
No sertão predomina
A mesma vegetação
Que um dia estava
Bem no fundo do coração.
Ingridy Luísa
Ensino Fundamental
Escola Municipal Cipriano Lopes Galvão

ENSINO MÉDIO


PIANO EM DOIS

Caminhos guardados
Pés firmes, passos lentos.
Mãos que atropelam meus pensamentos
Em minha constante liberdade.
Sou Piano em Dois.
Sinto-me Borboleta
Em meu jardim de emoção.
Minhas asas são Pianos
Onde dedilho a mais bela melodia.
Meus pensamentos me levam
Por caminhos onde somente
Minhas mãos podem sentir.
Sou metamorfose...
Sou Piano em Dois.
Lancei voo,
Transcendi minh’alma em notas,
Mi, Fa, La...
Minha música aquece o toque
Da mais suave harmonia.
Sou vida,
Borboleta
Sou Piano em Dois.
Andréa Rammany
Ensino Médio
Instituto Vivaldo Pereira

SÚPLICAS

No fim, a morte está ao meu lado
Só me resta adorá-la.
Se sobrevive um sonho
Tenho que me desculpar
Implorar a mim mesma o perdão.
Assista-me morrendo
Se quer um espetáculo maior
Escuta-me implorar
Veja o sangue em minhas lágrimas.
Além de todo sofrimento
Cresce uma nova dor
Peço não me deixes
Tenho medo do escuro
Veja-me morrer,
Não quero ficar sozinha.
Se quiseres meu corpo jogado aos teus pés
E S P E R A
Não falta muito.
Meu pequeno coração
Não se vá, falta tão pouco!
Oh! Escuta o que eu digo
Não me dê as costas
Neste espetáculo seja parte de mim
Seja minha salvação...
Torne-se meu maior pecado.
Julyene de Souza
Ensino Médio
Instituto Vivaldo Pereira

AUSÊNCIA

Como posso escrever um poema?
Não tenho amor,
Não tenho calor,
Não tenho motivos para com as palavras dançar,
Não tenho muitas alegrias para no passado eu pular,
Não tenho razões para do meu coração as tristezas retirar,
Não tenho,
Não tenho,
Só tenho luar
Só minha cabeça a flutuar.
Pablo Mateus
Ensino Médio
Escola Estadual Manoel Salustino

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